sábado, 30 de outubro de 2010

Trabalho, um desafio que revigora. Mas cuidado!

Pessoas queridas, após passar o sábado inteiro ministrando curso de “media training” aos recém-empossados procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT), minha inspiração é escrever sobre o papel fundamental da atividade profissional na felicidade.

Foram seis horas orientando os novos membros do MP a falar e se relacionar com a imprensa. Cansativo, porém desafiante, meu dia de trabalho teve um saldo positivo. Poderia ter sido diferente…na época em que eu estava em plena crise de estresse, o sentimento ao final do dia era de cansaço e mau humor, mas preferi enxergar esse dia como um dia diferente. Desde quando fiquei sabendo que seria escalada para esse treinamento, me organizei mentalmente para encarar isso de forma positiva. Deixei a culpa - por não estar com meu filho Mateus, marido e família de lado - e concentrei minha energia em desempenhar o melhor de mim para um público muito seleto. Ao contrário de frustada por perder o fim de semana, me senti privilegiada pela oportunidade. E, com isso, mais uma vez, tive a certeza de que as coisas são da forma como queremos enxergá-las.
Antes de entrar em crise de estresse e ansiedade, há exatamente um ano, era  desta forma com que eu vivenciava meu trabalho, com muito tesão, estimulada pelo desafio de uma profissão em que cada dia é diferente do outro. Mas, hoje confesso que evolui mais um degrau ou dois. Antes, apesar de adorar o que faço, não conseguia conciliar a jornada tripla. Sempre tinha um sentimento chamado “culpa”. Ao mesmo tempo em que o trabalho proporcionava experiências maravilhosas como viagens, congressos e eventos, eu ficava dividida em duas, três, ou quatro partes. E, claro, as cobranças contribuiam para essa sensação de culpa. Uma hora é o filho quem chora quando vc sai pra trabalhar, outra hora o marido quem reclama quando precisamos trabalhar até mais tarde, ou a mãe que fica com raiva porque por uma semana sem telefonemas ou aparições…Isso tudo vira uma bola de neve na cabeça, que chega a dar nó. Mas não tiro a razão deles, afinal vc não pode deixar o que há de mais precioso "FAMÍLIA" pelo trabalho, em tempo integral. Mas a culpa não pode ser um ativo na vida pessoal.

O fato é que não era apenas excesso de trabalho, mas, em função da ansiedade em me superar a cada dia, não sobrava energia para as coisas boas: sair com o marido, conversar com as amigas, levar o filho ao cinema, estar com a família. Nesse sentido, a ansiedade que que me levou a um cargo de chefia na empresa, estava me deixando confusa e acabava atrapalhando. Ou seja, estava canalizando toda minha energia e criatividade apenas no trabalho e isso não é saudável para  a vida pessoal e profissional. Tudo precisa estar em equilíbrio.

Depois dessa reviravolta em mudar meu ritmo para ficar em equilíbrio, fiquei bem mais realizada com o trabalho, pois agora ele não “pesa”como antes. E pra você ser bem sucedida o trabalho a atividade não precisa pesar ou ser sufocante, mas na medida que vc consiga usufruir das coisas boas $$$$$$ que ele oferece. Afinal, de que adianta trabalhar e não poder sair pra beber algo com as amigas, fazer uma viagem com o marido, passar um dia no shopping gastando com futilidades?… realmente não faz sentido.


E tudo é uma questão de visão. Se você escolhe encarar o trabalho de forma positiva e não como uma “cruz”, a tendência é que seu dia a dia fique mais leve e que você consiga apreciar o trabalho e as outras coisas boas que a vida proporciona, como um belo pôr-do-sol no Lago Paranoá (esse realmente eu adoro). Afinal, na vida, existem outras coisas muito importantes além do trabalho. Mas, para que você consiga enxergar isso, precisa estar em equilíbrio e em sintonia.

Hoje estou curtindo uma coisa muito boa que a vida proporciona - estar em casa com a família e agora escrevendo para o blog, uma coisa que tem me dado prazer!

Nos próximos posts, prometo aprofundar nas minhas estratégias para superar o estresse e a ansiedade. Bjos e até mais!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O início - quando cheguei ao limite!

No meu primeiro post, gostaria de revelar que me sinto muito feliz em poder compartilhar na rede minhas experiências de "mulher moderna". Não é fácil e só quem é mulher sabe disso. São muitas atribuições e às vezes parece que 24h no dia é muito pouco. Junto com a liberdade e o espaço no mercado de trabalho, conquistados com muita luta, ganhamos no pacote mais tarefas, preocupações e aquele sentimento de culpa por deixar filhos e casa e partir para o trabalho! Enfim, coisa de mulherzinha...
E eu sou uma dessas. Aos quase 30 anos vivenciei situações que me fizeram repensar a vida e reorganizar a rotina para não sair do "prumo".
Muitas horas de trabalho, associadas ao descontrole alimentar, ao sedentarismo e ao momento familiar meio tumultuado, me fizeram chegar ao limite!
Não foi fácil reorganizar a vida, já que cheguei a um estágio bem avançado do estresse, em que a desordem psicológica atingiu minha qualidade de vida. Cheguei a passar mal e parar na emergência! Mas nada passava de uma crise de estresse e ansiedade. Esse foi o sinal de alerta de que algo não estava correto.
Fui ao médico e fiz uma série de exames, que não constataram nada. Com a certeza de que não tinha nenhum problema físico, fui tratar do problema emocional!
Mas a primeira coisa que o médico me receitou foi uma combinação de anti-depressivos com ansiolíticos - confesso que não tive coragem de tomar. Imagina....eu que não gostava de remédio pra dor de cabeça ia começar a tomar medicamentos que causam dependência? tsc..tsc
E não tomei!!!! Foi minha primeira vitória. Apesar de, em muitos dias, achar que aquele mal estar não iria passar, me segurei e não tomei.
Foi aí que descobri que a psicologia tem realmente alguma relevância na sociedade - antes eu tinha preconceito e achava que era coisa de maluco - e me surpreendi! Foi quando conheci a Maria Fernanda, minha psicóloga, que me fez enxergar o mundo de outra forma, por meio da técnica de terapia comportamental. Após muitas seções, me redescobri e vi que meu estresse e ansiedade eram resultado da minha personalidade.
E depois da Maria Fernanda, eu só fui melhorando, comecei minha atividade física - contratei um personal (Thiago), procurei um nutricionista desportivo (Roney Araújo) e me fortaleci espiritualmente. Posso dizer que, agora sou uma estressada e ansiosa controlada, curtindo o que a vida tem de melhor!
Nos próximos posts, vou dar mais detalhes de como foi todo o processo, com dicas pra quem quer apostar numa vida mais saudável. Até mais!